CRIANÇA DE FAVELA

A infância é um dos momentos cruciais para o desenvolvimento do cidadão. O ambiente é tão importante quando a educação que recebe. Dessa forma que venho analisar como que é o bem estar da criança que reside em favela. Não falo de uma favela qualquer, e sim daquelas em que a polícia teme os bandidos mais que a própria população.

Além de ser perigoso por diversos fatores a criançada acaba se impondo de forma direta ou indireta sobre a mira da polícia. É com base nessa razão que, por ventura, acaba prejudicando o trabalho de quem nos trás “segurança”. Visto que, quando criança de favela é pego pela policia com arma o garoto pode muito bem dizer que estava apenas brincando… De polícia e ladrão.

Criança brinca muito de policia e ladrão. Um dos motivos de tragédia que acontece nessa brincadeira é quando uma criança atira com arma de brinquedo e a outra diz que não atingiu. Isso os deixa tão furiosos que acabam pegando uma arma de verdade e atirando. Após, ainda continuam brincando: “E agora pegou? Pegou? Responde… Pegou?”

Bandidos colocam crianças nas frentes dos combates contra a polícia com argumentos motivacionais. Sempre falam para a garotada: “Gurizada sangue bom, saibam que os bons morrem cedo.” Daí quanto mais novo morrer, melhor se torna. É o que as crianças pensam. Tadinhos…

Há muitas crianças de favela que desejam brinquedos, mas seus pais não têm renda financeira para isso. Por conta disso, meninos brincam com armas de verdade e as meninas acabam se virando e conseguindo uma "boneca" pelo próprio recurso que tem. E é por conta disso que acabam engravidando cada vez mais cedo.

Na educação essas crianças e jovens violentas, na maioria dos casos são ruins na escola. Apesar de que, geralmente eles nunca matam aula. No máximo o que fazem é matar quem da aula.

Como se não bastasse, às autoridades responsáveis pelo bem estar da criança e adolescente os colocam em casas de detenções. Para saírem, em muitos casos, depois de seis meses. Durante aquele período eles reveem o que fizeram, olham pro passado, analisam sua vida e pensam: “O que foi que eu fiz? Como fui deixar ‘os alemão’ me pegar? Assim que sair daqui vou fazer melhor. É errando que se aprende.” Conseguintemente, depois de muitas idas às casas de detenções durante o período em que era menor de idade, até completarem seus 18 anos, eles já tiveram uma vasta experiência invejável e uma qualificação de crime superior a lá Fernandinho Beira-mar.