VIAJANDO NA MAIONESE 2

Bom, vou relatar a minha viagem de volta ao Maranhão (grande merda).

O meu pai já fez muitas besteiras, começando pela minha irmã (acho que foi a mais grave). Meus pais estão bem. Se eles tão bem, isso acaba me influenciando a ficar também, mais do que eu já tô.

Pois bem, vamos logo pra viagem, pois já to quase viajando... Passamos na cidade do "piqui" (to). Pensei empolgado:” Um dia venho passar uns dias aqui, para todo dia comer um 'piqui' diferente".

No carro meu Pai fumava e soprava a fumaça no próprio veículo... Só sei que eu, mãe e meu irmão, fumamos mais de um maço de cigarros sem querer, foda!

Paramos numa cidade, cujo nome esqueci. Para comprar mel. No instante em que encostamos, Mãe perguntou:
- É mel de quê?
- Eu atrevidamente disse - Deve ser de formiga ou de cupim...
Ela deveria ter perguntado de que espécie era, não "de quê".

Passei por uma cidade com o seguinte nome: Santa Cruz. Pensei :" Esses Católicos... Colocaram até a Cruz pra santo...". Daqui a pouco o vinho vai ser: Santo Vinho. O pão: Santo Pão. Mudam os anos e a "bobagem" sem precisão não muda.

Tenho um amigo que furou comigo uma vez... E o pneu também, na estrada. E o pior: Em Teresina. Um dos lugares mais quentes da terra. A temperatura é tão alta que os freezers e congeladores ficam chateados, pois não conseguem exercer seus trabalhos, devido ao clima infernal (sem aspas).

Então, paramos num lugar que estranhamente tinha árvores, e o mais estranho ainda: tinham folhas verdes. Como que conseguem sobreviver naquele lugar? Desconfiei e refleti sozinho: "Só é verde porque o prefeito deve ter mandado pintar, para dar uma visão boa à capital... Que safado, quase me pega".

Meu pai pegou no pneu... Minha mãe ficou com ciúmes por ele pegar em outro "pneu" sem ser no dela. Trocamos, mas quem tava precisando mesmo era a minha mãe. Substituir os gigantes pneus de trator e colocar de carro.

Depois de terminar o serviço, minha mãe colocara as bagagens de volta nos seus devidos lugares. Mas não conseguiu encaixar certo. Estava lotado, tava parecendo um jogo de Tétris, tinha que encaixar peça por peça. Fiquei sabendo que loiras não são boas no jogo, então justificou o porquê da minha mãe não ter conseguido. Ajudei-a e deu tudo certo (palmas pra mim).

No caminho avistei uma placa que dizia: Galinha a 300 metros. Achamos. Só que estava a uns 400 metros. Duas mulheres. Será que elas estavam indo embora pra almoço? Ou já havia passado o horário de trabalho? Bom, isso eu não sei.

Vim a viagem quase toda ouvindo forró, por um instante quase tenho uma overdose de Luiz Gonzaga, juro!

Deparei-me com outra placa que me incomodou: Cuidado, animais na pista. No fundo aquilo me magoou.

Olhei um Motel de nome constrangedor: Motel Mangueirão. Fiquei triste e desanimado por saber que não sou bem vindo lá.

Depois paramos para almoçar . Almoçamos. E quando fomos pegar a estrada novamente, fiz uma piadinha sem graça:"Vamos logo, 'andar' (de carro) é bom pra digestão". Depois que percorremos mais de kms, disse: "Eita, acho que a digestão foi ótima, pois andamos demais". Ninguém riu (de provável foi porque não entenderam ou sou sem graça mesmo).

Vi uma pousada de nome estranho: Pousada estou de férias. Bom, pelo jeito quando vai algum freguês lá, eles dizem: "Pegue a chave do quarto aqui à minha esquerda. Se quiser usar lençóis pegue no corredor. Acaso tenha vontade de reclamar, não reclame, pois estamos de férias".

Meu Pai buzinava sempre quando via alguém na estrada (lógico)...duas mulheres estavam no caminho e ele buzinou. Eu de saliente, disse:"Eta pai, não pode ver mulher que é buzinando, heim".

Preguiça de falar mais bobagens que no fim não servem de nada... Bom, cheguei bem em casa graças a Deus por ter guiado o meu Pai. Só pra lembrar: eu estava mais preguento que chiclete em cabelo.