NAMORO DE INTERNET

Algo cada vez mais comum (só entre trouxas). Que de fato não se conformam que algo do gênero não da certo nem com um tempero de sacanagem na web cam.

Tenho um amigo que se chama Mayara. Conhecido por May. Para mim ela é o meu amigo. Brother mesmo.

Ela é que nem um travesti (para mim), ou seja, não me da tesão. A única diferença que existe entre um travesti e ela, é que o travesti mija em pé.

Pra se ter idéia. Uma vez ela sentou no meu colo, pois o carro estava lotado. E quando deci do veículo, reparei que o meu bilau havia encolhido duas vezes mais que no frio. Mas isso não vem ao caso.

Eu levo uma certeza comigo. Que cheguei a concluí-la a pouco tempo. Namoro de distancia não da certo. Namorar com uma pessoa que mora em outra cidade, é algo meio que... Complicado. E namoro de internet? Não dá (pode ser porque não seja namoro da Fininvest). Nem chega a ser complicado. Talvez nem exista uma palavra que possa definir tal significancia.

Vou falar de um namoro do tipo. Que por sinal está demorando mais que a fila do transplante.

O meu amigo tem um caso com um cara (de pau) que mora longe, muito longe mesmo, mais longe do que você está pensando. Em Minas Gerais. Há mais de um ano que existe esse rolinho (porque rola não rolou até hoje). É um daqueles romances de internet, sabe? Nunca se tocaram, nem se beijaram, mas dizem que se "amam" pra valer. Esse é um assunto que vou escrever hoje. Sei que ela vai ficar chateada. Tenho que desabafar e dizer tudo que acho (alias o blog é meu, e aqui escrevo o que quiser). É um texto baseado em fatos reais.

Nem sei porque dei satisfações, alias isso não vai mudar nada no conteúdo. Vou ser franco do mesmo jeito.

Bom. Segundo ela, o conheceu em uma comunidade (maldita seja essa comu..). E desde então visaram a trocar scraps no Orkut e bates-papos no MSN (bastante comum). Até que resolveram trocar os números de telefones celulares. De lá pra ca foram se conhecendo cada vez mais e mais (lembrando: só na base da teoria). Resolveram namorar mesmo nunca ter trocado um olhar, tampouco um beijo (vai entender).

Só namoram através no Buddy poke. Usufruindo a nova ferramenta disponível do Orkut, curtindo às caricias e beijos de bonecos que não são reais. Mas até que é legal. O buddy nunca envelhece, não engorda, não bebe, não usa drogas, e o seu humor pode ser auterado com facilidade.

E se eles quisessem algo mais sério? Já imaginou como que seria o casamento? Certamente seria no MSN. Dai iriam adicionar o padre na conversa, as testemunhas, os pais deles, amigos etc. Tudo na mesma conversa. E o padre iria perguntar: "Você Mayara. Aceita o Paulo como seu legítimo esposo. Na internet e no celular, no Orkut e no MSN, no buddy poke e no depoimento?". Ou até: "Aceita esse buddy poke, codinome Paulo, no bom humor e zangado, na roupa bonita e na feira, feliz e triste?". Quem sabe: "Na saúde e na doença, no vírus e no spam até que um curto circuito os separe?". Não sei de fato qual seria a frase do padre. Sei que essas hipóteses não ficam descartadas de maneira alguma.

E na lua de mel seria outro desastre. Dá pra imaginar? Será que Ele (o Paulo) iria colocar uma camisinha no mouse? Talvez o anticoncepcional que ela de provável "tomaria" seria passar o antivírus todo dia? Caraca véi. Algo surpreendente seria sem dúvidas.

Deixo esse texto de coração para ela. Talvez para poder enxergar o que já fui capaz de ver ha tempos. Falei todo tempo sério, mesmo brincando com palavras.