6.9.09

Infância Sempre


Minha infância se baseia basicamente em uma palavra: felicidade. Não trocaria jamais aquela época pelos tempos de hoje, tampouco pelos de amanha.

Quando criança eu achava que se me aproximasse do irmão da menina que eu gostava ficaria mais fácil conquista-la. Mero engano, nunca conquistei ninguém agindo assim. Por que nunca conseguia? Será que era por que a garota sempre me via brincando de carrinho com seu irmão?

Eu era uma peste. Abria tudo pra ver o que tinha dentro. Carrinhos, bonecos, robôs... Já cheguei a abrir até o vizinho. Mas ele veio a falecer quando estava começando a tirar o fígado.

Lembro-me de que as meninas da escola me paparicavam muito. E, quase nunca eu dava moral pra elas. Por ser metido? Não, por ser vergonhoso pra caralho. Tinha um sério problema com isso. Tanto é que quando beijei pela primeira vez, não fui eu que pedir pra ficar com ela, nem ela pra ficar comigo, foram as regras. Do que eu estou falando? Do tal BNB (Beijo Na Boca), lembram? Era essa brincadeira que os pirralhos utilizavam pra dar as suas primeiras pitocas.

Certa vez fiquei com uma garota de outro colégio. E no dia seguinte espalhei pra galera que ela beijava muito mal, pois horas antes me falaram que ela estava contando a todos que eu beijava mal. Claro que só a ataquei pra me defender, até porque não sabia beijar direito; portanto quem era eu pra questionar quem beija corretamente, né verdade? Não sei se meu beijo era ruim como diziam. Lógico que tinha umas coisas que me faziam questionar. Por exemplo: quando treinava com laranja, a fruta se dissolvia quando eu colocava minha saliva. Em frente ao espelho, a minha boca sempre estava na mesma direção da refletida. Ou quando a minha mãe me beijava, quer dizer, não me beijava, pois tinha medo de eu colocar a boca em lugar que não devia.

Quantas e quantas vezes fazia trilha de bike, mais precisamente de BMX. Colocava também o vídeo game em frente de casa e chamava os meninos pra disputar Mortal Kombat. Roubava brinquedos, frutas dos vizinhos e dinheiro dos pais. Acho que não está muito certo colocar o terceiro tipo de delito no passado...

Se não me engano brinquei com criança até os meus 15 anos. Uma infância tão boa que não tinha como deixar de prolongá-la um pouco.

Hoje em dia vejo crianças agindo como adolescentes. Esses não sabem o que estão perdendo  ao trocarem o mundo das fantasias pelo mundo das ilusões. Pois adolescentes só se situam através de aparências e burrices. O tolo e idiota é o grandioso e necessário para os mesmos. Quando estiver com saco coloco o que penso aqui, até porque a idéia dos últimos parágrafos não são essas.

Enfim, sinto muitas saudades da minha infância. Dos meus amigos, dos meus animais de estimação. Dos que foram embora e dos que faleceram. Das brincadeiras e dos brinquedos. E só pra finalizar, sinto saudades de algo em especial, de: não ter responsabilidades.

5 comentário:

Biani Luna disse...

minha infância tbm foi uma delícia!
a impressão que eu tenho é que nasci no dia certo, a hora certa, no ano certo.
tempos de contato físico, e não virtual, como das crianças de hoje.
tempo de super nitendo!
ai que deliciaaa
beijos

Unknown disse...

adorei suas fotinhasssss meu amor
te amo =* hahah seu texto tbm é claro

Unknown disse...

Po, cara, tu tirou as palavras da minha boca. Tenho saudades do tempo do Super Mario, do vôlei na areia. Eu vejo hoje as coisas e afirmo que as crianças de hoje estão perdendo muitas coisas.

Ingrid disse...

noossa Mateus eu achei muito bacana suaa historiaa ... principalmente na parte de roubar fruta do vizinhooo ..heheheeh
beejs saudades

Marcela Capato disse...

"Pois adolescentes só se situam através de aparências e burrices. O tolo e idiota é o grandioso e necessário para os mesmos."
Odeio quando as pessoas generalizam, mas o blog em si ta muito legal.
Meus parabéns!